A criptografia esta intimamente relacionada com os mecanismos
da escrita e, desde cedo foi objeto de intensos estudos e
pesquisas. Como anteriormente visto seu marco evolutivo ocorreu
na renascença e, desde então muitos foram aqueles
que contribuíram para o seu aperfeiçoamento
dentre os quais se destacam:
- Blaise de Vigenère
Considerado uns dos pais da moderna criptografia, nasceu em
5 de abril de 1523, em Saint-Pourçain, França.
Foi diplomata e criptologista. Escreveu diversos livros. Em
1585 publica Traicte de Chiffres no qual descreve o emprego
da cifra por autochave.
- Charles Wheatstone
Cientista inglês conhecido por muitas invenções
dentre as quais se inclue-se o chamado método de codificação
conhecido como cifra Playfair, muito usado até a primeira
guerra mundial.
- Claude Elwood Shannon
Matemático e engenheiro eletricista americano conhecido
como o pai da teoria da informação e pioneiro
do desenvolvimento do circuito digital. Em 1948, publica o
trabalho "A Mathematical Theory of Communication"
que aborda novas tendências para melhorar a codificação
de informações.
- Etienne Bazieres
Nascido em Port-Vendres, França em 1846. Criptologista
militar, foi um pioneiro no desenvolvimento de máquinas
de codificação assistida, através do
seu dispositivo conhecido com cilindro de Bazieres, uma versão
melhorada do congênere inventado um século antes
pelo americano Thomaz Jefferson. Em 1901 publica o trabalho:
Lês Chiffres Secrets Dévoilés ("Secret
Ciphers Unveiled").
- Frederick Marryat
Oficial da marinha britânica. Em 1817 inventa um código
através do qual as mensagens eram transmitidas por
meio de bandeiras. A ele denominou de semafórico.
- Friedrich Wilhelm Kasiski
Oficial de infantaria prussiana. Em 1863 publica o livro intitulado:
"Die Geheimschriften und die Dechiffrierkuns - Secret
Writing and the Art of Deciphering". Este foi o primeiro
tratado publicado sobre a decodificação de mensagens
usando do princípio de cifras por substituição
com poli alfabeto, dentre os quais se tem o sistema de autochave
inventado por Vigenère. Por isso Kasiski é considerado
como o precursor da moderna análise criptográfica.
- Giovanni Battista Porta, ou
Giambattista della Porta
Matemático napolitano, em 1565 publica o livro: "De
Furtivis Literarum Notis". Nele, Porta aborda um sistema
de cifras usando o princípio de substituição
onde uma letra qualquer contida na mensagem original podia
ser grafada de onze maneiras diferentes.
- Girolamo Cardano
Médico e matemático italiano; em 1556 inventa
um revolucionário dispositivo para uso de cifras, conhecido
como a grade de Cardano. Basicamente o dispositivo consiste
de um gabarito, provido com vários furos os quais são
numerados aleatoriamente e correspondem ao número de
letras na mensagem secreta. Para enviar a mensagem a grade
é posicionada sobre o papel, e as suas letras são
agora impressas através de cada furo, obedecendo a
ordem em que foram numeradas no gabarito. Para a decodificação,
basta se colocar sobre o papel uma grade semelhante e ler
as letras reveladas através dos furos.
- Herbert Osborne Yardley
Criptologista americano; em 1931 publica o livro: "American
Black Chamber" no qual foi a base para o desenvolvimento
do serviço de criptanalise americano e, também,
responsável pela decodificação do código
diplomático japonês, importantíssimo para
as negociações na conferência naval ocorrida
em Washington em 1921.
- Johannes Trithemius
Monge beneditino que viveu na Alemanha. Em 1518, publica
o primeiro livro sobre criptografia intitulado Poligraphia
onde aborda o emprego de cifras por substituição.
Ilustração do
livro Poligraphia
Cortesia Nacional Security Agency - EUA
- Leone Battista Alberti
Arquiteto, filósofo, poeta e criptologista italiano.
Nascido em Genova em 1404, inventou o princípio de
cifras usando o poli alfabeto, conhecido como cifra de Alberti
e, também, uma das primeiras máquinas de codificação
assistida, usando do seu disco de cifras. É considerado
como um dos precursores da criptografia ocidental.
- Samuel F.B. Morse
De origem americana, em 1838 inventa o telégrafo eletromagnético
e concomitantemente o código Morse. Na realidade um
processo de no qual as letras do alfabeto são substituídas
por pontos e traços.
O código inventado por Samuel Morse, mostrando a transcrição
do alfabeto em pontos e traços e a correspondente representação
fonética.
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