Bell vinha estudando métodos para melhorar os sistemas
de transmissão telegráfica. Entretanto, em paralelo,
o inventor realizava pesquisas sobre o desenvolvimento de
técnicas para ensinar pessoas surdas em falar e ler
os movimentos dos lábios.
Nestas pesquisas, Bell estudou vários dispositivos
acionados pela voz humana como a “cápsula manométrica
de Koenig” e, o “fonautógrafo de Martinville”.No
decurso das mesmas para conseguir um sistema de ensino para
surdos, verificou a grande similaridade entre o “fonautógrafo”
e o ouvido humano. Assim concluiu que um aparelho semelhante
quando colocado após a estrutura do ouvido poderia
produzir registros mais precisos das vibrações
produzidas pela voz.
Como desconhecia a estrutura do ouvido humano Bell recorre
a orientação do Dr. Clarence J. Blake, um otologista
de renome, que lhe sugere o estudo a partir de um ouvido humano,
obtido de um cadáver da escola de medicina de Harvard.
No verão de 1874 faz uma serie de experiências
de maneira que ao falar nesta peça anatômica
acoplada a um “fonautógrafo”, este registra
as vibrações da voz sobre uma placa de vidro,
recoberta com um pigmento negro. Partindo desta experiência
fundamental para o desenvolvimento do telefone Bell começa
a pesquisar a transmissão elétrica das palavras
através do emprego do telégrafo harmônico.
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