Por volta de 1928, começaram
a surgir os primeiros tipos de controles de volume e de tonalidade
de concepção totalmente eletrônica.
Entretanto, devido ainda às fontes sonoras estarem
limitadas ao disco fonográfico e as transmissões
radiofônicas, os primeiros aparelhos reprodutores para
fins domésticos eram uma associação de
toca-discos e rádiorreceptor. Nesta fase inicial, a
amplificação era feita com válvulas tipo
triodos, por exemplo os tipos 224 e
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Fig. 341 - Esquemático do amplificador
Loftin-White. |
245 usando novas topologias como o circuito Loftin-White.
Basicamente consistia no acoplamento direto entre a placa-grade
da válvula produzindo uma amplificação
sem distorção em amplitude de freqüência
de 50 a 10000 Hz. Fig. 341
Entre 1930 a 1940, além do alto-falante de imã
permanente e das novas válvulas tipo pentodo, surgem
os fonocaptores de origem eletromecânica, consistindo
da agulha montada em um dispositivo transdutor feito com sal
de La Rochelle. Nesta fase anterior a segunda guerra mundial,
os fabricantes lançam aparelhos reprodutores de grande
esmero técnico como estético, como exemplo, àqueles
fabricados por E.H.Scott e McMurdo Silver nos EUA. Fig. 342
Dentre estes se destaca o famoso modelo Quarenta. Na realidade
um sistema eletroacústico composto da seção
de rádio freqüência e amplificadora operando
com 40 válvulas, o toca-disco, e o conjunto de alto-falantes.
Por sua vez estes dois módulos eletroacústicos
estavam instalados separadamente em dois atraentes gabinetes
de madeira.
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Fig. 342 - Rádio conjugado com
sistema de fono reprodução fabricado pro
volta de 1938. Consistia do rádiorreceptor, o conjunto
de alto-falantes e o toca discos montados em belíssimos
gabinetes em madeira. Pela qualidade técnica e
acabamento esmerado tem-se como um dos principais fabricantes
a empresa americana E H Scott. |
Como visto anteriormente, para canalizar a enorme capacidade
fabril advinda da guerra que terminara, no final da década
de 1940 a indústria se volta para o mercado consumidor,
abrindo novos nichos de mercado, como a fabricação
de aparelhos reprodutores de alta qualidade para fins domésticos.
Desta maneira, surge a era dos aparelhos de reprodutores de
“Alta Fidelidade”, que para efeitos de alocação
histórica, inicia-se em 1948, quando na Inglaterra, N.D.T.
Williamson desenvolve o seu famoso circuito de amplificação.
Com o advento do disco com microssulco e das transmissões
em freqüência modulada, os fabricantes são
incentivados a desenvolver inúmeras modificações
criando um novo estilo de eletrodoméstico, ou seja, o
aparelho reprodutor de som de alta fidelidade modular composto
basicamente do amplificador-receptor de FM, o toca-disco de
alta performance provido agora com cápsula fonocaptora
tipo relutância variável e dos sonofletores. Fig.
343
Devido à intensa concorrência, alguns fabricantes
passam a fornecer os aparelhos na forma de conjuntos pré-montados
em fábrica. Estes por sua vez eram fornecidos com manuais
extremamente bem elaborados o que facilitava sobremaneira
a sua montagem pelo consumidor desde que dispusesse de alguns
conhecimentos de Eletrônica.
Como visto desde a sua invenção o fonógrafo
foi um sucesso comercial, ao contrário do seu primo em origem
conceitual, o telefone, que na mesma época não
havia ainda conseguido desempenho semelhante.
Entretanto, a invenção do telefone não
foi inspirada apenas por uma exigência popular porém,
mais pela ingenuidade e visão do seu inventor Bell, que
contornando inúmeras dificuldades existentes, lançou
as bases para a transmissão elétrica da voz humana.
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Fig. 343 - Ilustração
de um aparelho para reprodução de alta qualidade
modelo QUAD II, fabricado na Inglaterra nos meados da
década de 1950. |
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