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Fig. 321 - Ilustração de um
primitivo aparelho de fac-símile. |
O desenvolvimento dos sistemas de transmissão por fac-símile
de caráter realmente operacional, capaz de reproduzir fotografias
transmitidas com detalhes, começou aparecer no inicio do século
XX o qual foi devido ao trabalho de vários pesquisadores.
Na Alemanha, Arthur Khorn inventou um sistema originalmente baseado
no princípio de Bidwell usando de uma célula de Selênio
para fazer a varredura diretamente da fotografia. Este sistema foi
mais tarde usado pela policia alemã para transmitir fotografias
como impressões digitais de criminosos. Em 1904, Edouard Belin,
um inventor francês obteve sua patente para um sistema no qual
a fotografia era primeiramente convertida em uma placa ou clichê
por meio de um ataque químico, de forma a criar-se um relevo
dos caracteres da imagem. O perfil da imagem assim obtido era então
perscrutado por um estilete ligado a um conjunto elétrico com
resistência variável, de forma que quanto mais profundo
fosse o perfil do caractere, maior era o fluxo da corrente.
Em 1907, enquanto Belin transmitiu com sucesso uma fotografia entre
Paris-Bordeaux na França, Korn fez o mesmo, porém, no
circuito Paris-Londres, tornando assim o primeiro fac-símile
internacional.
Como agências de notícias, jornais necessitavam cada
vez mais de fotografias de alta qualidade, logo os dois sistemas de
transmissão de imagens se viram pressionado por novos desenvolvimentos
tecnológicos
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Fig. 321A - Ilustração do sistema
de radio fac-símile desenvolvido nos EUA por W.Finch.
(Communication). |
e, assim, incorporando-se como um meio de comunicação
rápido e eficiente. A sua aceitabilidade foi tão grande
que em 1935, nos EUA, H.G.H. Finch inventa um sistema de transmissão
por fac-símile doméstico, o qual era facilmente adaptado
a um rádiorreceptor. Ao sintonizar uma estação
transmissora o rádio-ouvinte podia receber em sua casa os chamados
“fotogramas” mais tarde como radiofotos. Fig. 321
Basicamente o sistema desenvolvido por Finch consistia do transmissor
provido com um dispositivo de varredura eletro-óptico,onde
a imagem a ser transmitida era perscrutada por um cabeçote
óptico móvel, de forma que a luz traçava um conjunto
de pistas paralelas sobre a imagem cobrindo toda a sua superfície
linha por linha tanto das áreas pretas, brancas e semitons
cujas reflexões eram então coletadas por uma fotocélula.
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Fig. 321B - Ilustração de uma
primitiva recepção de fotografia por fac-símile
no início da década de 1930 entre Londres e Nova
York. A radiofoto mostra um carro blindado usado pelo exército
inglês para guarnecer uma rua durante distúrbios
motivados por uma greve geral na época. |
As variações destas reflexões eram proporcionais
ao fluxo de corrente na fotocélula que por sua vez gerava um
sinal audível denominado de portadora de fac-símile,
de forma que a sua transmissão era feita de forma convencional.
Por sua vez , para converter os sinais assim transmitidos era necessário
o gravador de sinais de fac-símile o qual era podia ser conectado
a qualquer receptor doméstico.
Logo após a segunda guerra mundial, o rádiorreceptor
doméstico havia evoluído sobremaneira, aliando estética
com um bom desempenho em qualidade de recepção e de
reprodução sonora. Entretanto, o advento da radiodifusão
em freqüência modulada trouxe novas tecnologias como a
fita magnética e, principalmente os novos discos fonográficos
gravados com microssulco, também denominados de “Long
Playing”, permitindo, assim, que o consumidor dispusesse agora
em sua sala de estar de uma nova família de aparelhos capazes
da reprodução sonora em alta fidelidade. |