A idéia de transmissões
em faixa lateral única surgiu por volta de 1915. No
final da década de 1920, as transmissões telefônicas
por cabo submarino operavam por este sistema. Em 1936, a companhia
Western Electric, EUA, construiu um transmissor de alta freqüência
o qual usava uma série de motores elétricos
para manter o BFO estabilizado na freqüência.
Entretanto, a consolidação deste modo de transmissão
tornou-se técnica e comercialmente possível
graças às pesquisas feitas por Arthur Collins
e os seus engenheiros no início de 1950.
Nas comunicações em SSB, é usada somente
uma das faixas laterais de forma que somente a faixa lateral
remanescente é irradiada pelo transmissor. Em algumas
topologias deste modo de transmissão permitem quando
desejável, a injeção de um nível
controlado da portadora, de forma que tanto um sinal puro
em SSB ou um sinal com portadora controlada podem ser irradiados.
Assim, quando necessário, a portadora pode ser inserida
com um nível suficiente alto para permitir sua demodulação
por um receptor operando convencionalmente, em AM ou modulação
por amplitude.
Como somente uma faixa lateral é irradiada, aliada
a grande estabilidade de freqüência, não
exigindo faixas de guarda tão amplas, a largura do
canal de transmissão requerida é metade daquela
necessária para transmissões pôr modulação
em amplitude, AM. De forma que a finalidade precípua
do SSB foi o aproveitamento do rádio espectro tanto
para os radioamadores como em outros congestionados canais
de comunicação.
Desta maneira, o conceito de transmissão em faixa lateral
única resolveu inúmeros problemas de comunicações
em função não somente da sua economia,
confiabilidade e principalmente versatilidade operacional.
Nos meados da década de 1950, tanto os radio amadores
como boa parte dos sistemas de comunicações
militares como aqueles usados em aviação civil
já dispunham de equipamentos operando em faixa lateral
única. Fig. 298
Fig. 298 - esquemático
da transmissão em faixa lateral única –
SSB. |
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NOMENCLATURA |
ESTÁGIO NO TRANMISSOR |
NOMENCLATURA |
ESTÁGIO NO RECEPTOR |
A |
MICROFONE |
J |
SINTONIZADOR |
B |
OSCILADOR DA PORTADORA DE BAIXA FREQUENCIA |
L |
AMPLIFICADOR DE FREQUENCIA INTERMEDIARIA |
C |
MODULADOR BALANCEADO |
M |
MISTURADOR |
D |
AMPLIFIADOR DE ÁUDIO |
N |
OSCILADOR DE BATIMENTO |
E |
FILTRO DE FAIXA LATERAL ÚNICA |
O |
FILTRO DE FAIXA LATERAL ÚNICA |
F |
CONVERSOR BALANCEADO |
P |
AMPLIFICADOR DE FREQUENCIA INTERMEDIÁRIA DE FAIXA
ESTREITA |
G |
OSCILADOR DA PORTADORA |
Q |
OSCILADOR DE DEMODULAÇÃO |
H |
AMPLIFICADOR LINEAR DE POTÊNCIA |
R |
DETECTOR DE PRODUTO |
I |
AMPLIFICADOR LINEAR |
S |
AMPLIFICDOR DE ÁUDIO |
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T |
AUTOFALANTE |
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298A - ilustração de um
rádiorreceptor de comunicação para
operação em SSB modelo 2B fabricado pela
companhia norte americana R.L.Drake no início da
década de 1960. |
Sem dúvida alguma o conceito de transmissão
em faixa lateral única causou uma revolução
nas comunicações. Conforme anteriormente visto
a sua evolução deve grande parte ao esforço
de radioamadores que na sua perene tradição
na melhoria do emprego do éter como meio de transmissão
das ondas hertzianas atua concomitantemente no desenvolvimento
de um outro não menos importante campo da Eletrônica
que aquele da radiotelefonia móvel.
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